sexta-feira, janeiro 15, 2010

Onde o Tempo não há

Humanidade



Onde o tempo não há

Entre pensamentos, reflexões e algumas lembranças remotas da vida, os meus olhos encheram d'água.
Veio-me a memória oque eu já não fazia mais questão de lembrar
Os meus erros me atormentaram
Não foram poucos e nem agradáveis.
Desde o modo como perdi aquela garota ao ponto de críticas mal embasadas à sociedade
Lembrei-me também das discursões com meus amigos sobre alguns assuntos
no entanto, no final das contas, eram apenas para me autoafirmar
dizer que sei alguma coisa, dizer que tenho algum conhecimento
Fiz da maneira errada, fui estúpido
Fui egocêntrico ( um negão egocentrico)
Preciso me calar.
Acabei me perdendo num caminho que não sabia onde iria me levar
Sei que a estrada que percorro não tem tijolos de ouro
Nem um rio de cristal ao lado
Muito menos era asfaltada
Meus pés, em certo momento, incomodaram-me com uma dor, caí-me ao chão
Já estava cansado de caminhar, queria apenas descansar, dar uma folga para o meu corpo e mente
Descansar das discursões, das indagações. Talvez não enchergar o mundo como ele é, cruel e impiedoso. Preciso de um pouco de fantasia.
Pedir folga da luz do Sol, quem sabe também da escuridão da noite.
Apenas estar, apenas voar, plainar em meio a algo que não há.
Preciso de um tempo onde o tempo não exista mais.
Para depois poder me levantar e continuar neste caminho que não sei onde irá me levar
mas desejo apenas que me leve onde eu possa, no fim, me encontrar de black power e de cabeça raspada.
e poder dizer que este sou o 'eu' que eu sempre quiz ser.



Um comentário: