quinta-feira, novembro 26, 2009






Notas de um observador:

Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.

A futilidade encarrega se de "mais tralos'.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.

Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, "infértebrados".
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se


A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.

Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Parte indispensável a um ser

Humanidade










 Gostaria de lhes contar algo que acontecera comigo

No dia 14 de novembro de 2009, pela noite, fui a uma feira do colégio de umas amigas minhas. Elas dançaram na feira, por isso me chamaram.
Gostei muito da feira, no entanto, oque me chamou a atenção foi oque aaconteceu ao término dela.
Sentei-me, na entrada do local onde fora realizada, com os meus amigos e conversamos por um bom tempo, até que uma senhora passou por nós carregando umas cadeiras que foram utilazadas.
Por um instante pensei ( é miserável saber que ainda pensei antes de ajudá-la). Levantei-me e ofereci ajuda a senhora. Peguei as cadeiras de suas mãos e a acompanhei ao seu carro.
Mas durante esse trajeto ele exclamou: "Ainda existe gente educada neste país!".
Nesse momento fiquei 'cheio', com  um sorriso de canto a canto do rosto.
Mas oque ela disse após que me deixou um pocuo sem jeito. Ela me disse que havia passado por várias pessoas, alguns até conhecidos, porém nenhuma delas a ajudou.
Eu, um garoto "neguin"( ela não me chamou de neguin), desconhecido fui o único a ajudar, e ela não parou por aí, chegou a dizer que as pessoas que não a ajudaram iriam "ver com ela".
Nesse momento fiquei calado, respirei fundo e soltei aquela frase clichê: "Não faça isso não! Não devemos pagar o mal com mal, e sim mal com bem."
Ela refletiu um pouco e concordou comigo.

Mas oque me intriga é o fato de, antes de mim, ninguém a ter ajudado.
É algo básico para a convivência em sociedade.
Até alguns animais são mais educados que nós "seres superiores".
Por exemplo, é oque acontece com os morcegos hematófagos, quando um não consegue alimento, por algo em torno de dois dias, um outro regojita parte do que conseguiu na boca do que foi infeliz.
E nós ainda consideramos os morcegos seres horripilantes, nojentos e o caralho a quatro.
Talvez devéssemos aprender um pouco mais com eles. Não vomitarmos na boca dos outros, mas sermos mais compassivos e irmãos,pois é isso que o somos.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Prelúdio

Humanidade

aMAR

Eu quero um amor que seja fogo
mas que também seja água
quero um amor que seja voraz como a guerra
mas dentro de mim me tenha paz
quero um amor feito de carne
um amor que seja humano
não quero um amor temperado
quero é um amor que tenha doce
e que seja salgado
que horas seja revolto
e horas seja bonância
Eu quero um amor que seja intenso
que seja mar